Nº 69 - Ano VI - Setembro de 2001
“Dale nomás, dale que vas...” e a ciência cognitiva, os modelos de
ação da memória e até estudos dos movimentos oculares diante de uma tela de
computador são ativadas para forjar uma suposta ciência do consumo que, apesar
de toda sofisticação, não consegue dar um tempo, sequer um contratempo além
do que se debate há séculos em teoria econômica ou filosofia do conhecimento.
A esperança de uma nova humanidade - digamos, um “anti-cambalache”
- continua inspirada numa espécie de neo-iluminismo. Creio que só uma autêntica capacidade coletiva de ampliar
as oportunidades de criação de conhecimento permitiria fugir desta situação
sem cair no fetiche da mercadoria (como nos marxistas) ou na sujeição do
sistema às decisões do mercado financeiro (como nos keynesianos).
A escolha autêntica depende efetivamente do grau de informação e da
nossa capacidade de viver sobre bases mais autônomas e com maior poder de
imaginação.
Por que não
escanear a linda figura de uma milongueira e dançar um
tango-show virtual? Ah, que
prazer... (ADR) |
(tango) Letra: Gonzales Castillo Música: Enrique Delfino |
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Mezcla
rara de Museta y de Mimí, con caricias de Rodolfo y de Schaunard,
eras
la flor de París, que un sueño de novela trajo al arrabal...
Y
en el loco divagar del cabaret, al arrullo de algún tango compadrón alentaba una ilusión, soñaba con Des Grieux, quería ser Manón.
Francesita
que trajiste, pizpireta,
sentimental
y coqueta la poesía del Quartier...
Quién
diría que tu poema de Griseta sólo una estrofa tendría la silenciosa agonía de Margarita Gauthier...?
Mas
la fria sordidez del arrabal, agostando la pureza de su fe,
sin
hallar a su Duval, secó su corazón lo mismo que un muguet.
Y
una noche de champán y de cocó, al arrullo funeral de un bandoneón, pobrecita, se durmió, lo mismo que Mimí, lo mismo que Manón... |
Assim se tece a história |
Pianista,
maestro e compositor. Nasceu a 15
de novembro de 1895. Estudou na
Itália e Argentina; começou a escrever tangos já muito jovem. Seu primeiro êxito foi Milonguita, em 1920, com o
qual definiu a estrutura do tango-canção.
No ano seguinte, compôs La copa del olvido, com a colaboração
na letra de Alberto Vacarezza, talvez o tango mais famoso da década de 20.
Também aclamado por Mi noche triste
(obra-prima do inigualável Pascual
Contursi), e outras tantas
obras como: Griseta,
Talán...talán, Araca corazón, Aquel tapado de armiño,
Padrino pelao, Re Fa Si, La copa del olvido, Otario
que andás penando, Ventanita florida, Lucecitas de mi
pueblo, Recuerdos de bohemia, Santa milonguita, Claudinette,
Padre nuestro e Al pie de la Santa Cruz.
Descobriu e lançou à fama Azucena Maizani em
1924, com a interpretação de Griseta.
Realizou turnês por toda a Europa e América nos anos seguintes, junto
com Osvaldo Fresedo. Também teve
méritos na composição de música para cinema e teatro.
Enrique Delfino, conhecido entre seus amigos como "Delfy",
faleceu em 1967.
(trad. RM)