Nº 59 - Ano V - Novembro de 2000
Estávamos
na pista enlaçados num abraço imóvel, ao som de um tango que imaginávamos
eterno e as pessoas nas mesas giravam ao nosso redor.
Ao final da seleção, começamos a nos movimentar e aí perdi a noção
do lugar para onde devia dirigir-me. Quando
paramos de dançar e nos afastamos, busquei insistentemente a tua lembrança,
minha mão firme e docemente apertada na tua, meu braço pousado no teu ombro. Não
quero que fiques nos meus sonhos como uma imagem desfocada na neblina do
passado. Tampouco que minha voz, o perfume da minha pele, a cor do meu cabelo e
o brilho fugaz dos meus olhos se afastem pouco a pouco da sua memória até que
se esvaiam no esquecimento. Bailemos
novamente... (Gracias, B.A.Tango)
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Cantemos... |
(Tango)
Letra: Gabino Coria Peñaloza Musica: Juan de Dios Filiberto
El pañuelito blanco que te ofrecí, bordado con mi pelo,
fue para ti, lo has despreciado y en llanto empapado lo tengo ante mí.
Con este pañuelo sufrió el corazón, con este pañuelo perdí una ilusión,
con este pañuelo llegó el día cruel en que me dejaste gimiendo con él.
El fiel pañuelito conmigo quedó, el fiel pañuelito conmigo sufrió,
el fiel pañuelito conmigo ha de ir el día que acabe mi lento sufrir.
Este pañuelito fué compañero del dolor...
Cuantas veces lo besé por aquel perdido amor!
Lejos cantaba un ave, mi dulce bien, cuando me abandonaste no sé por quien,
y hasta el pañuelo rodó por el suelo al ver tu desdén.
Assim se tece a história |
Violinista, maestro e compositor. Nasceu a 8 de março de 1885 e seu nome verdadeiro era Oscar Juan de Dios Filiberti. Filho de Juan Filiberto, dono de uma casa noturna muito famosa na época, desde pequeno já trabalhava, tendo sido engraxate, ajudante de confeiteiro, balconista de casa lotérica, aprendiz de pedreiro, estivador, carreteiro, mecânico e, em 1904, começou a trabalhar nos Estaleiros Mihanovich até o ano de 1910. Sua atração pela música o levou a aprender a tocar de ouvido a harmônica e a guitarra. Em 1915, durante uma viagem por Mendoza, compôs seu primeiro tango, intitulado "Guaymallén". Nos anos seguintes, escreveu "Suelo argentino", "Cura segura", "De mi tierra", "Se recomienda solo" e "La planchadorita". Em 1923, ganhou popularidade com "El ramito" e "El besito" e em 1924, se consagra com "Caminito". Fazem parte de sua magnífica obra: "La porteñita", "El pañuelito", "Clavel del aire", "Malevaje", "Cuando llora la milonga", "Yo te bendigo", "Quejas de bandoneón", entre outros. Devido à sua alta criatividade e versatilidade, incursionou no ambiente artístico nas rádios Excelsior, Splendid e Belgrano. Também consolidou a Orquesta Folklorica de la Municipalidad de Buenos Aires no ano de 1939, ficando à sua frente por nove anos, com os nomes de Orquesta Popular e Orquesta Argentina de Cámara. Falece em Buenos Aires a 11 de novembro de 1964. (Trad. RM) |