No 138 - Ano XI - Junho de 2007
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CONSELHOS PARA UMA MILONGA IMAGINÁRIA
O principal é: - Ao dançar tango não fazer nada.
Depois vem: - Jamais fazer uma figura, só andar de uma nota a outra. - Nunca fazer um oito, simplesmente mudar de direção. - Nunca entrar num giro, entrar numa vista panorâmica. - Perder-se totalmente no meio da paisagem musical para não mais se encontrar. - Nunca conduzir, só desocupar e ocupar espaços vazios. - Só fazer coisas que não vão acontecer. - Não dançar acompanhado, muito menos só. - Não comunicar, muito menos ficar mudo. - Nunca ouvir a música, muito menos ficar surdo.
- Ficar parado em movimento e
mover-se nas pausas. Milo Quadros (dançarino e professor) |
Cantemos |
(Tango - 1943) Música: Osvaldo Pugliese Letra: Homero Manzi |
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Hoy, recién, recién, vuelvo otra vez a tu lado con mi vida escondiendo los fracasos, ocultando las heridas. Y hoy al encontrar la protección de tus manos tan serenas, recién siento que me apena saber que te hice mal.
Tenía menos años y el corazón imprudente por calles del engaño rodó, rodó torpemente. Me amabas, tanto y tanto, que me cansó tu tristeza y por no escuchar tu llanto preferí no verte más.
Hoy, recién, recién, miro las cosas sin sombras ni mentiras y comprendo cuanto enseñan las lecciones de la vida. Hoy, al retornar, pensé encontrar el reproche de tu olvido y tan solo halle el castigo de todo tu perdón.
(canta Alberto Podestá) |
Assim se tece a história |
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Como maestro, Osvaldo Pugliese desenvolveu, baseado na modalidade de Julio De Caro, um estilo evolucionista, enriquecido pela polirritmia, um avançado sentido de harmonia e o inteligente destaque de seus solistas. Como compositor, com La yumba (1943), seguindo as pautas marcadas por Agustín Bardi em Gallo ciego e Eduardo Arolas em Moñito (ambos de 1917), anunciou o que, a partir da década de 50, seria o movimento de vanguarda. Estamos, pois, diante de um dos grandes evolucionistas do tango. Em 2 de dezembro de 1905, em Villa Crespo, então subúrbio de Buenos Aires, nasceu Osvaldo Pedro Pugliese, filho do flautista Adolfo Pugliese e de Aurelia Terragno. Quinze anos depois, pousou seus dedos no piano do café La Chancha. Ali, num ambiente que incluía elegantes, operários, carroceiros e malandros - sua primeira platéia - ganhou seus primeros cobres e ouviu os primeiros aplausos. Em 1921, uma pequena de seu bairro, Paquita Bernardo, primeira mulher que se atreveu a tocar o bandoneón, levou-o à sua orquestra e então o nome de Pugliese começou a se espalhar. Como intérprete, passou pela orquestra de Pedro Maffia, depois organizou, em 1929, seu próprio sexteto com Elvino Vardaro. A partir de 1936, alternou suas atuações em várias orquestras (Miguel Caló, Carlos Marcucci, Pedro Laurenz e Eduardo Pereyra) com sua conhecida atividade política. Filiou-se ao partido comunista e por isso foi preso diversas vezes. Em 1943, recém-saído da cadeia, debutou com sua orquestra gravando seu primeiro disco. Nessa mesma década, Pugliese gravou alguns temas instrumentais próprios com os quais se antecipou à vanguarda, como La Yumba (convertido em algo como o hino de sua orquestra), Negracha e Malandraca. Por estes dois últimos é considerado um precursos no uso da síncope e do contraponto, ultrapassando Horacio Salgán e Astor Piazzolla. Outros importantes tangos que escreveu e interpretou são Recuerdo, La beba, Adiós Bardi, Recién, Barro, Una vez e El encopao. Por anos, a orquestra de Osvaldo Pugliese ficou proibida de tocar nas rádios, como medida de censura política, porém isso não chegou a toldar sua popularidade. Depois de uma breve enfermidade, o mestre morreu em 25 de julho de 1995, com 89 anos, na cidade de Buenos Aires. Fonte: Portal del Tango e Todo Tango – trad. RM |