No 139 - Ano XI - Agosto de 2007


FERNANDO GRACIA e NATALIA TONELLI, ganhadores do V Mundial de Tango 2007 (Buenos Aires)

 

 

Programação Pré-III RioTangoFestival

 

-  31 de outubro - lançamento do III RioTan-goFestival no Castelinho da Praia do Flamengo às 18 horas;

-  3 de novembro - lançamento do evento no Cor-redor Cultural da Rua do Lavradio, esquina com Senado às 17 horas, e às 21 horas, baile-show no Amarelinho da Cine-lândia (Centro);

-  4 de novembro - lançamento do evento no Bardetango & Choros no Clube 17, Jardim Botânico,  das 16 até às 20 horas.

(A.D.R.)

 

 

Cantemos

 

Música: Antonio Sureda                                                                                       Letra: Jerónimo Sureda

Como una "ilusión marina"

la radiante princesa volvió

para cuidar de aquel faro,

porque el viejo farero enfermó

y los errantes marinos

como ayer le cantaron su amor,

y en las barcas de los pescadores

un vals destrenzaba un viejo acordeón.

 

Eran las notas de aquella musiquita

que, como queja, en los mares se escuchaba

desde la tarde ya olvidada en el recuerdo

en que la linda princesita se marchara

aquella blanca princesita como espuma

la de mirada misteriosa como el mar

y cuyos ojos relucieron más que el faro

entre los brazos de aquel bravo capitán.

(Orquesta Tipica Victor, canta Luis Díaz)

 

 

Assim se tece a história

 

Bandoneonista e compositor, nasceu no bairro de Boedo, Buenos Aires,  em 4 de outubro de 1904.  Atraído pelo bandoneón, estudou até 1918 com um dos melhores de sua geração, Di Basto.  Em 1920, Sureda formou seu primeiro grupo, o Trio América.  Este início marcou sua preferência por formações pequenas (trios ou quartetos) ao invés de orquestras.  Pouco depois, desfeito o primeiro, formou outro, o Trio del Plata.  Quando ficou evidente que o "motor" do conjunto era Sureda, o trio passou a levar o seu nome.  Durante mais de quatro anos trabalhou em salas de cinema tocando ao vivo ou como música de fundo nas projeções dos tempos em que os filmes eram mudos.  Também teve presença constante em diversas rádios portenhas na década de trinta, sendo que diziam que "não havia um microfone diante do qual não tenha atuado".

Sem dúvida, a verdadeira popularidade chegou com seu lado compositor.  Desde a primeira metade dos anos vinte fez "Adiós juventud", "Amor de payaso", "Amor y sacrificio" (um dos seus primeiros valses, com letra de Celedonio Flores), "A oscuras", "A su memoria", "Barreras de amor", "Botellero" , "Callecita del suburbio", "Ciudad de mis sueños", "Decime adiós", "Dos amores", "Ensueño", "Gorrión", "Ilusión marina", "Juanillo", "Mala suerte", "Nido de amor", "Nostalgias", "Nunca", "Nunca es tarde", "Para la muchachada", "Plegaria", "Quién te ha visto y quién te ve", "Quiero que me quieras", "Ronda del querer", "Te quiero mucho más", "Valsecito de antes", "Volvió la princesita", "Yo quiero que sepas", etc.

Em 1940 apareceu no filme "Su nombre es mujer", que não teve boa repercussão na crítica.  Em 1942 grava para o selo Odeon com uma pequena típica a milonga "Para la muchachada" e o tango "Yo te bendigo".  O cantor que aparece em ambos registros não foi identificado com certeza, apesar de aparecer o nome Carlos Lafuente.  E não houve mais discos, encerrando-se com este único disco a série Sureda e sua orquestra típica.  Mas sua atividade continuou.  Pelos diversos conjuntos que dirigiu passaram músicos como Carlos Figari, Angel Condercuri, Damián Ficarra e Jorge Dragone; e entre os cantores, Agustín Volpe, Alberto Tagle e Roberto Maida.

Antonio Sureda faleceu em 1951.  Quinze anos antes, seus primeiros cronistas diziam que "... Sobre o nome de novos valores ou sobre a extinta popularidade de muitos, elevou-se cada dia mais este moderno rei do vals, como acertadamente se lhe aplicou a alcunha.

Fonte:  Héctor Ángel Benedetti:, para Todo Tango - Trad. RM